O mundo tornasse intocável aos olhos do nada, sem deixar notar. O som do fio de água que corre na torneira atormenta-me o espírito. Sinto-me ignorante, ao ponto de não perceber as rotinas pequenas do cosmos que não vemos, como este momento que será apertado no meu tempo ate deixar de existir nas memórias do meu corpo. O gato preto percorre, ermo, a estrada molhada da avenida do Não Desejado, sem dar conta da ignorância que os seres inteligentes depositam sobre ele, talvez também viesse do universo invisível, quase que pisado pelos incultos que buscam a perfeita frustração. E por não querer aumentar a arrogância, fico-me, saciada pelo prazer de fingir que não faço parte desse mundo, que o gato é fantásticamente importante na minha observação, que daqui a instantes não voltarei a esquecer a existência do cosmos mágico e que realmente não o estou a fazer. Alguém puniu estas gentes, e não se lembrou de voltar a deixar a forma da poltrona da casa do senhor Ninguém contar a sua história. Talvez já tudo tivesse sido premeditado, ou talvez esta demanda à perfeição tenha cegado os olhos ao que de mais perfeito existe.
Acerca de mim
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
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